A União garantiu R$ 282,07 bilhões em operações de crédito no primeiro quadrimestre de 2024. De acordo com o Tesouro Nacional, foram garantidos R$ 114,69 bilhões em operações de crédito internas e R$ 167,39 bilhões em operações de crédito externas. Os dados constam no Relatório Quadrimestral de Operações de Crédito Garantidas, do 1º quadrimestre de 2024, publicado nesta quarta-feira, 29.
De acordo com o documento, os bancos federais – Banco do Brasil, BNDES e Caixa – são os principais credores e concentram 94,7% das operações de crédito internas, o equivalente a R$ 108,64 bilhões. Já o Bird, BID, CAF e outros são credores de 94,5% das operações de crédito externas – R$ 158,11 bilhões.
O Estado de São Paulo tem o maior saldo devedor em operações de crédito garantidas – R$ 36,89 bilhões, ou 13,1% do total. Na sequência, está o Rio de Janeiro, com R$ 30,78 bilhões de saldo (10,9%). O Rio Grande do Sul, que teve a dívida com a União suspensa por três anos após a tragédia climática que assolou o Estado, tem saldo de R$ 9,585 bilhões (3,4% do total).
Entre as estatais federais, a Eletronuclear responde por 1,0% (R$ 2,74 bilhões) do saldo devedor total das operações de crédito garantidas, seguida pela Eletrobras, com 0,1% (R$ 211,20 milhões).
Ainda de acordo com o documento, no 1º quadrimestre de 2024 foram assinadas 19 novas operações de crédito garantidas (17 com municípios e 2 com estados), sendo 16 contratos de garantia internos e 3 contratos de garantia externos.
No acumulado do ano, o Tesouro Nacional honrou R$ 3,03 bilhões em dívidas garantidas dos estados de Minas Gerais, do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Sul e de Goiás, que estão no Regime de Recuperação Fiscal (RRF). Desde 2016, a União realizou o pagamento de R$ 67,01 bilhões para honrar garantias em operações de crédito de Estados e municípios.