Em entrevista coletiva realizada na manhã desta quinta-feira, 29, o diretor de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, Caio Rodrigo Pellim, disse que a operação de combate aos atos de vandalismo praticados em Brasília em 12 de dezembro já efetuou 3 dos 11 mandados de prisão. Ao todo, o Supremo Tribunal Federal (STF) expediu 32 ordens judiciais de prisão, busca e apreensão contra os suspeitos de envolvimento nos atos.
Mais cedo, a Polícia Federal e a Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou operação contra os suspeitos de envolvimento nos atos de vandalismo em Brasília.
As 11 ordens de prisão foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. Os policiais também fazem buscas em 21 endereços ligados aos investigados.
A Operação Nero ocorre simultaneamente em Rondônia, Pará, Mato Grosso, Tocantins, Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal.
O delegado-geral da Polícia Civil no Distrito Federal, Robson Candido da Silva, destacou o trabalho conjunto entre as áreas técnicas das polícias. "É uma resposta do Estado a essas pessoas que porventura estão fugindo dos seus limites de manifestação ideológica", pontuou. "As polícias Federal e Civil não vão se furtar de suas atribuições e compromissos institucionais de defesa da sociedade", destacou o delegado.
A investigação foi aberta após extremistas tentarem invadir a sede da PF em protesto à prisão do indígena bolsonarista José Acácio Serere Xavante. Os manifestantes também atearam fogo em carros e ônibus.
Segundo os representantes das polícias, mais de 40 pessoas que participaram desses atos já foram identificadas. Foi destacado, ainda, que os suspeitos podem estar ligados à tentativa de explodir uma bomba no Aeroporto de Brasília na véspera do Natal, já que as pessoas envolvidas no atentado frequentavam manifestações em frente ao QG do Exército na cidade.