Estadão

Operação Poturu mira desmatamento e ações ilegais de garimpos no PA

A Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal deflagraram a Operação Poturu nesta terça e quarta-feira, 3 e 4, reprimir a prática de garimpo ilegal no entorno de terras indígenas no norte do Pará, na região conhecida como Calha Norte. A ofensiva visa apreender e destruir máquinas usadas nos delitos, além de outros crimes ambientais oriundos da extração ilícita de minérios.

A PF estima dano ambiental na ordem de R$ 74,5 milhões na área de garimpo de 325 hectares, conhecida como "13 de Maio", pelos danos causados com o desmatamento e a extração mineral. Cerca de 40 policiais federais e 16 integrantes de órgãos parceiros atuaram na desarticulação do garimpo ilegal, localizado no município de Almeirim, no Pará.

Ao longo da operação foram coletadas amostras de ouro, que passarão a constar em um banco de dados da Polícia Federal. A longo prazo, tal procedimento deve permitir a identificação da origem de futuras apreensões do mineral. Foram apreendidas ainda duas retroescavadeiras hidráulicas, oito motores de seis polegadas e uma espingarda, indicou a PF.

"Integraram a equipe policiais federais capacitados na contenção de distúrbios civis, visando preservar a integridade dos indígenas e dos invasores, e peritos criminais federais, para análise de vestígios dos graves crimes ambientais cometidos na região. Devido às grandes distâncias e impossibilidade de acesso terrestre até os pontos de intervenção, foram empregadas aeronaves da Polícia Federal e da Divisão do Subcomando de Suporte Aerotático da PRF", explicou a PF em nota.

Além da PF e PRF, participaram da operação agentes do Ibama, Funai, Ministério Público do Trabalho, Secretaria de Segurança Pública e Grupo Tático Aéreo do Amapá e a Subsecretaria de Inspeção do Trabalho.

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