Deputados da oposição cobram a nova versão do relatório do deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA) sobre a reforma da Previdência. Os parlamentares alegam que não há como iniciar as discussões e os encaminhamentos da votação sem acesso ao texto com as últimas mudanças feitas pelo relator.
Os oposicionistas pediram, inclusive, a suspensão da sessão até que o parecer seja disponibilizado e forem atendidos pelo presidente da comissão, Carlos Marun (PMDB-MS), que interrompeu os trabalhos por 10 minutos.
Tentando contornar a pressão, Marun chegou a dizer que “assim que chegar o texto, o relator terá a palavra”. O relator precisou garantir a deputados que já tinha reelaborado o texto. Mas diante dos pedidos de suspensão, o presidente do colegiado decidiu pela pausa.
Atraso
A sessão da comissão especial da reforma da Previdência que vai votar o texto começou com meia hora de atraso. Marun disse que “a votação vai longe”.
O líder da maioria, deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES), disse que espera placar favorável de 23 a 26 votos favoráveis na comissão. Mais cedo, o relator, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), disse em entrevista à rádio CBN que esperava entre 22 e 24 votos de apoio ao texto.
Sem relator
A sessão foi iniciada sem a presença do relator, que está em sua residência reunido com servidores públicos. Eles negociam, para os que entraram até 2003, uma flexibilização na regra de idade mínima para que eles tenham direito à aposentadoria integral e a reajustes iguais aos da ativa.
A ausência de Oliveira Maia foi criticada primeiro pela deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e depois pelo deputado Ivan Valente (PSOL-RJ), que pediu para que os encaminhamentos para a votação não tenham início antes da chegada do relator. “Os debates não serão iniciados (antes disso)”, assegurou Marun.
Cada liderança terá 20 minutos para encaminhar o voto, conforme acordo entre os deputados integrantes da comissão.