Opinião

Oposição se une contra a hegemonia petista

No momento em que os partidos definem seus arcos de aliança para as eleições municipais, quando o PT reafirma sua disposição de repetir a chapa Sebastião Almeida/Carlos Derman, vitoriosa em 2008, a Oposição começa a dar sinais de uma possível união no segundo turno para quebrar a hegemonia petista em Guarulhos. Numa ação que há muito não se vê na cidade, os principais nomes na disputa ao Bom Clima selaram no último final de semana um acordo informal de apoio àquele que se sair melhor em 7 de outubro para enfrentar o atual prefeito em um possível segundo turno.


 


Na convenção do PV, que confirmou a candidatura do ex-prefeito Jovino Cândido, estiveram presentes o pré-candidato do PSDB, Carlos Roberto, do DEM, Alan Neto, e do PTB, Eduardo Kamei. Os quatro se propuseram a se unir em torno do melhor colocado no primeiro turno a fim de garantir uma vitória contra Almeida no turno final, caso a tendência dele avançar se confirme, conforme se espera no movimento político da cidade. Um quinto nome, o do vereador Wagner Freitas, que deve mesmo sair candidato a prefeito pelo PP, após diversas mudanças no cenário político que acabaram por fortalecer o nome dele junto à legenda em níveis estadual e federal, deve engrossar o coro da Oposição.


 


Já o pedetista José Pereira, também pré-candidato, pode vir a desistir da disputa e vir a apoiar o grupo, já que existe um movimento forte dentro de seu partido para se afastar do PT. No mesmo sentido, partidos menores que eram dados como certos na grande aliança petista, que pretendia reunir 18 agremiações, acenam com acordos para apoiar os nomes da Oposição.


Ou seja, o quadro que se desenha para 2012, conforme reportagem desta edição, é bastante diferente daquele de 2008, quando foi cada um por si, sem qualquer menção de união. Tanto que Carlos Roberto, o candidato que avançou ao segundo turno, não contou naquele momento com siglas importantes como o PPS, que teve candidato próprio mas se aliou ao PT. Diferente disto, hoje está fechado com o PSDB já no turno inicial. Não será de se estranhar que o mesmo ocorra com outros partidos, movidos por acordos que vêm das executivas estaudal ou nacional.

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