A organização do Torneio de Wimbledon, o mais antigo e tradicional do circuito, admitiu nesta quarta-feira que pode adiar ou até mesmo cancelar a edição deste ano, em razão da pandemia do novo coronavírus. O terceiro Grand Slam da temporada está marcado para começar no dia 29 de junho.
"Uma reunião de emergência com o Conselho do AELT (All England Lawn Tennis Club) está agendada para a próxima semana e, como preparação, estamos mantendo a comunicação direta com a LTA, ATP, WTA, ITF e com os outros Grand Slams. A preparação para o campeonato está marcado para o fim de abril", anunciou a organização, em comunicado.
O torneio britânico, sediado em Londres, já descartou ser realizado com os portões fechados. E indicou que cancelar é mais provável que adiar porque a competição é realizada numa época bem específica do ano, a curta temporada de grama, com duração de pouco mais de um mês. Sediar um torneio nesta superfície em outro momento da temporada seria difícil.
"Neste momento, baseado nos conselhos que estamos recebendo das autoridades públicas de saúde, a curta janela que temos para sediar o campeonato, devido à natureza da superfície, sugere que o adiamento não é desprovido de risco significativo e dificuldades", argumenta a organização, lembrando que a grama apresenta suas melhores condições justamente no meio do ano, no verão do Hemisfério Norte.
No início deste mês, Roland Garros surpreendeu ao anunciar seu adiamento para setembro, uma semana depois do US Open, o quarto e último Grand Slam da temporada. O comunicado de forma abrupta causou polêmica e críticas no circuito, por não levar em consideração a data de outros torneios.
Neste momento, os circuitos masculino e feminino de tênis estão interrompidos. Toda a temporada de saibro foi cancelada, com exceção de Roland Garros, remarcado para o segundo semestre. Segundo a ATP e a WTA, que regem ambos os circuitos, os rankings ficarão congelados até a retomada dos torneios, o que está previsto para o início de junho, para a temporada de grama.