Estadão

Organizadores da Meia Maratona de Pequim cassam medalhas e prêmios após suspeita de fraude

O mundo do atletismo foi abalado por uma polêmica no início da semana. Após vídeo da reta final da Meia Maratona de Pequim viralizar na internet, os organizadores afirmaram que o resultado da prova estava sob investigação por suspeita de fraude. Nesta sexta-feira, eles cassaram medalhas e premiações de quatro atletas.

He Jie, Dejene Hailu, Robert Keter e Willy Mnangat tiveram seus prêmios retirados. Também foram suspensos. Logo, todos os troféus, medalhas e bônus que o grupo recebeu devem ser devolvidos ao comitê organizador da prova chinesa.

O vencedor da corrida foi He Jie, da China, mas imagens divulgadas nas redes sociais mostram que Hailu, da Etiópia, e Keter e Mnangat, do Quênia, parecem desacelerar ao se aproximar da linha de chegada e indicar com as mãos que o chinês poderia ultrapassá-los.

He Jie tem 25 anos e fez o percurso da maratona em 1h03min44s, apenas um segundo à frente do trio. Keter foi o segundo colocado, Mnangat ficou na terceira posição e Hailu, em quarto lugar.

Quando a polêmica se instaurou, Willy Mnangat disse que o trio era uma espécie de "ditador de ritmo" para He Jie, e admitiu que ele e mais três corredores foram contratados para ajudar o chinês a quebrar o recorde nacional da Meia Maratona, que é de 1h02min34s. Segundo o maratonista, um dos atletas não completou a corrida. "Eu não estava lá para competir", disse Mnangat à BBC Sport Africa.

A alegação, no entanto, foi contestada pelo comitê organizador, que destacou que todos foram inscritos como corredores regulares e que, portanto, teriam violado as regras do torneio ao ajudarem He Jie a vencer.

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