A França vem sofrendo com a inflação alta de 6% e resolveu fazer economia nos preparativos para os Jogos Olímpicos Paris-2024. Nesta quarta-feira, durante inspeção de três dias do COI, os organizadores anunciaram que cortaram veículos de transporte de funcionários e indicaram o uso do transporte público.
Por causa do momento econômico complicado, a meta dos franceses é a de utilização menor de ônibus do que nos Jogos Olímpicos de Tóquio no ano passado, sem reduzir o número de trabalhadores. Os veículos ainda utilizados usaram "pistas especiais" e há a indicação, também, para que o metrô de Paris seja usado.
"Graças ao COI e ao agrupamento de uma frota de veículos, reduzimos a capacidade de automóveis em 30 a 40% em relação aos últimos jogos", disse o diretor executivo do Comitê Organizador, Etienne Thobois, durante entrevista coletiva na visita da equipe de supervisão do Comitê Olímpico Internacional.
A inspeção pressiona Paris para que o orçamento não ultrapasse 8 milhões de euros (cerca de R$ 41,68 milhões). "Não sou ingênuo e entendo que o mundo mudou", assegurou Pierre-Olivier Beckers-Vieujant, líder da equipe de inspeção do COI. "Não há país que não tenha sido afetado pela inflação".
O dirigente enfatizou que o COI procura manter a mente aberta para ajudar as autoridades parisienses a encontrar "otimizações", palavra que foi usada no lugar do corte de custos.
"No passado, o sistema de transporte foi construído como um sistema especial dedicado com parceiros e a pedido da família olímpica", disse Beckers-Vieujant. "Hoje há uma grande flexibilidade para permitir que Paris use, da melhor maneira possível, tanto o transporte público quanto uma série de sistemas de transporte."
O COI repassará aos organizadores de Paris aproximadamente R$ 8,33 milhões por dois direitos de transmissão e organizações patrocinadoras para realizar os Jogos de Verão. Apesar disso, Beckers-Vieujant elogiou o planejamento geral. "Ficamos surpresos com o nível de certeza, precisão e estado de preparação para os Jogos."