O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, reforçou nesta terça-feira, 10, a posição do governo brasileiro de condenar os "atos violentos" no conflito entre Hamas e Israel, desencadeado após o grupo atacar o país no sábado, 7, e defendeu a "cessação de hostilidades", imediata. Vieira falou pela manhã em entrevista ao programa <i>A Voz do Brasil</i>, da EBC, transmitida na noite desta terça.
"Eu conversei com o presidente Lula ontem à noite ainda, e transmiti as informações recebidas, inclusive uma rápida informação sobre como transcorreu a reunião no Conselho de Segurança", relatou o ministro. O Brasil assumiu a presidência do Conselho de Segurança da ONU neste mês e convocou uma reunião extraordinária após os ataques do Hamas, realizada no domingo, 8. Segundo Vieira, estando na presidência do órgão, o Brasil trabalha para que haja um "entendimento" entre as partes e o início de um processo de negociação pela paz.
"Nossa posição é de condenação dos atos de violência, do estado de hostilidade, e de envidar todos os esforços para que se possa chegar a um entendimento, cessação de fogo e uma negociação de paz", reforçou o ministro, que cumpre viagem oficial na Ásia.
"A estratégia, justamente estando o Brasil na presidência, é de usar o Conselho como foro para discutir as questões que afetam a paz e a segurança internacional. O Brasil tem esse instrumento no sentido de promover a paz, o entendimento, a negociação e, sobretudo, a suspensão imediata das hostilidades", disse.