Estadão

Orquestra formada por músicos com doenças mentais luta contra estigmas

Uma organização de música clássica fundada em Vermont, nos Estados Unidos, luta contra o estigma das doenças mentais ao ser formada por músicos com algum transtorno da mente e pessoas que os apoiam. O grupo completou dez anos em 2021 e tem feito apresentações gratuitas para celebrar a trajetória.

Me2 é uma orquestra de músicos não auditados, metade dos quais vive com uma doença mental diagnosticada, como ansiedade, depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia ou transtorno de estresse pós-traumático, entre outros.

O diretor musical e maestro Ronald Braunstein, que vive com transtorno bipolar, e a diretora executiva Caroline Whiddon formaram a Me2 em setembro de 2011, meses após Braunstein ser demitido pela Vermont Youth Orchestra Association.

"Decidi que não queria mais ser suscetível ao estigma e à discriminação em minha área", ele disse em comunicado. "Naquele momento, decidi que as únicas pessoas com quem eu queria trabalhar eram pessoas como eu – pessoas que viviam com doenças mentais e aquelas que me apoiariam mesmo que eu não estivesse tendo um bom dia."

Quase cem dos músicos regionais farão um concerto intitulado Stigma-Free at Symphony Hall (algo como Sem Estigma no Symphony Hall), às 15h deste domingo, no horário local, no Boston Symphony Hall.

O evento de uma hora de duração inclui depoimentos de músicos que vivem bem com doenças mentais. O público também pode participar de uma sessão de perguntas e respostas, o que contribui para desmistificar questões de saúde mental.

<i>(Com informações da AP)</i>

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