Cidades

Os reajustes nos tempos do Pietá

Em 2000, antes do PT chegar ao poder em Guarulhos, a tarifa de ônibus custava R$ 1,40. Ao final do primeiro mandato do ex-prefeito Elói Pietá, em 2005, já havia passado para R$ 2,00, um reajuste de 42,8% em apenas quatro anos. Ao final de 2008, quando entregou o governo ao seu sucessor, o também petista Sebastião Almeida, as passagens custavam R$ 2,50, mais 25% de aumento, o que totalizou 78,5%.

Sem economizar nos reajustes

Almeida, por sua vez, também não economizou nos reajustes. Ao final de seu primeiro mandato, em 2012, a tarifa já estava em R$ 3,20, um aumento de 28%. Para piorar, quando entregou o cargo, no fim de 2016, o ex-prefeito chegou a reajustar as passagens para R$ 4,50, mais do que é praticado agora após o aumento, colocando mais 40,6% nas costas da população. Ou seja, em 16 anos de PT, o transporte público em Guarulhos aumentou 221%.

Almeida propôs duas tarifas

Um detalhe que merece ser destacado. Almeida, o ex-prefeito que era do PT, no final de 2016, ao majorar a tarifa de R$ 3,80 para R$ 4,50, um aumento de 18,4% numa tacada só, tentou criar dois valores de passagens, a exemplo do que o atual governo fez agora. Ele impôs R$ 4,50 para pagamento em dinheiro e vale-transporte, concedendo um desconto de R$ 0,30 para quem pagasse com o Bilhete Único. No entanto, a meia passagem para estudantes, diferente do que ocorre agora, era a metade dos R$ 4,50 (R$ 2,25). No repasse deste ano, a meia sai por R$ 2,15 (50% dos R$ 4,30).

Rombo nas contas

Como os petistas de plantão não têm qualquer coerência (nunca tiveram, diga-se), não se estranha o fato deles gritarem agora contra o reajuste de tarifas em vigor desde 1º de fevereiro. Os vereadores do partido que afundou Guarulhos em dívidas não se dão conta que a Prefeitura agora só repassou a inflação para a tarifa. E que não existe dinheiro nos cofres públicos, graças à dívida deixada por eles, para cobrir os R$ 72 milhões de subsídios necessários para cobrir a diferença entre o custo real dos transportes e o valor pago na “roleta”.

Custo para a própria população

O pedido da vereadora Genilda (PT) para unificação da tarifa pelo valor menor, acatado em liminar pela Justiça, que faz alguns questionamentos para a Prefeitura, custará nada menos do que mais de R$ 35 milhões para os cofres públicos. Óbvio que nem ela nem seus colegas de partido vão pagar essa conta, mesmo porque o modus operandi deles no poder passava longe de honrar com os compromissos assumidos.

E o outro deputado?

O vereador Romildo Santos (DEM) criticou, sem citar nomes, dois deputados da cidade, um estadual, que é do PRB, e um federal, “que é do meu partido”, por não intervirem em defesa da população em relação a problemas ocorridos no Hospital Geral de Guarulhos. “Cadê os deputados dessa cidade?”, gritou na tribuna. Inquirido pelos colegas, o democrata insistiu que não falaria os nomes, mas que todos saberiam quem são. Provavelmente ele se referia aos dois Jorges, o Wilson (estadual) e o Tadeu (federal). Engraçado porque – na visão do parlamentar – o outro federal do partido dele, o Eli Correia Filho, não teria a obrigação de cobrar o Estado.

Desumano

Após reintegração de posse em área particular na Vila Vitória, região do Ponte Alta, na semana passada, surgiram diversos aproveitadores – os de sempre – para usar parte da população desabrigada como trunfo político. São exatamente os mesmos que, não muito tempo atrás, incentivavam essa mesma população a invadir áreas particulares sem pensar nas consequências. Agora, fingindo-se de bons moços (e moças), que não são, eles colocam essas mulheres e crianças em ônibus e mandam para o Bom Clima para se entender com o prefeito. 
 
Prefeitura à disposição
Apesar da atual administração não ter qualquer responsabilidade com essa desapropriação, os titulares da Secretaria de Habitação, Assistência Social e Chefia de Gabinete receberam uma comissão na manhã desta terça-feira. Eles, sem exceção, colocaram-se à disposição para auxiliar no que for possível, com alimentação, recadastramento e até mesmo para encontrar um abrigo provisório. 
 
Alternativas viáveis
Os desabrigados, retirados à força de suas moradias, temiam perder até mesmo uma tenda improvisada, instalada na via pública, onde estão idosos, mulheres e crianças, já que dizem estar sendo intimidados por seguranças do proprietário da área, que os querem bem longe dali. A Prefeitura interveio nesta terça-feira, propondo algumas alternativas, que passam por abrigo provisório e recadastramento para inclusão das famílias em programas sociais, como o Bolsa Família. 
 

 

 

 

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