Na última semana, foi comemorado o Dia Mundial da Osteoporose (20 de outubro), doença que não apresenta sintomas, mas leva a diminuição e ao enfraquecimento da massa óssea, o que deixa os ossos mais frágeis e propícios a quebrar. Por não ser uma doença de notificação compulsória, não há no Brasil dados exatos que estimem quantas pessoas são acometidas anualmente, mas sabe-se que a osteoporose atinge principalmente mulheres pós-menopausa, pessoas de pele e olhos claros, idosos, magros, tabagistas e alcoólatras.
A Fundação Internacional da Osteoporose (IOF – International Osteoporosis Foundation) divulgou um relatório que promove uma estratégia de três passos para ter ossos saudáveis e músculos fortes. Além de dieta adequada de cálcio e proteína, e consumo suficiente de vitamina D, "atividade física diária é absolutamente essencial para fortalecer os ossos e os músculos em todas as idades" afirma o relatório.
Há também alguns medicamentos a base de hormônios, como o alendronato de sódio de 70mg, um dos mais usados no combate a osteoporose. "O problema é que a absorção desse medicamento é precária e pode causar lesões no esôfago. Por esse e outros motivos, todas as medicações devem ser tomadas com acompanhamento médico, pois a osteoporose é mais perigosa do que parece", explica a ortopedista do Hospital e Maternidade Celso Pierro da PUC-Campinas, Cintia Bittar.
"Os benefícios da atividade física são comprovados em qualquer idade, mas para a população idosa o exercício físico resistido é particularmente benéfico para o combate à osteoporose", informa Dra. Janise Lana Leite, geriatra e diretora médica da Academia Estação do Exercício, especializada em musculação para idosos.
Mas a Dra. Janise Leite alerta: "principalmente na terceira idade, os exercícios físicos devem ser feitos com supervisão de um profissional qualificado. Melhor ainda se forem acompanhados por profissionais que possuam especialização em atividade física para idosos. Desta forma os exercícios serão feitos com segurança cardiovascular, evitando lesões e garantindo um envelhecimento saudável".
30% dos idosos caem pelo menos uma vez por ano
De acordo com a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, no Brasil 30% dos idosos caem pelo menos uma vez por ano. Além disso, quanto maior a idade maior a chance de queda, sendo que 32% das ocorrências estão entre os 65 e os 74 anos, 35% entre os 75 e os 84 anos e 51% acima dos 85 anos.
Estas quedas ocorrem mais nas mulheres do que nos homens da mesma faixa etária. De todas as quedas, 5% resultam em fraturas e 5 a 10% em ferimentos importantes que necessitam de cuidados médicos, alerta a diretora da academia. "A queda na produção dos estrogênios que é característica do período da vida pós-menopausa acelera a redução da densidade mineral óssea e torna as mulheres ainda mais suscetíveis à osteoporose primária do tipo I" explica a Dra. Janise.