O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta quinta-feira, 24, que a reunião de hoje da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) serviu para reafirmar o "forte apoio" ao povo ucraniano e a "determinação de responsabilizar a Rússia por sua guerra brutal", no aniversário de um mês da "invasão não provocada e injustificada da Rússia sobre a Ucrânia.
Biden lembra que a Otan "teve o privilégio" de ouvir diretamente o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e afirmou que a aliança continuará a apoiar ele e seu governo com "quantidades significativas, e crescentes, de assistência à segurança para enfrentar a agressão russa e exercer seu direito de autodefesa".
Biden lembra que, nas últimas semanas, os EUA anunciaram US$ 1 bilhão em nova assistência de segurança para a Ucrânia. Ele elogia o fato de que vários outros aliados têm enviado apoio defensivo à Ucrânia e disse que, juntos, eles estão comprometidos a identificar equipamentos adicionais, "incluindo sistemas de defesa aérea", a fim de ajudar a Ucrânia.
Segundo o presidente americano, foi também discutido nesta quinta-feira o trabalho para fortalecer a defesa coletiva da Otan, particularmente no seu flanco leste. "Nosso comunicado conjunto hoje deixa claro que a Otan está tão forte e unida quanto sempre esteve", diz, ressaltando o compromisso de defesa coletiva dos membros da entidade.
<b>Alerta à China</b>
Os chefes de Estado e de governo da Otan advertiram a China contra o fornecimento de assistência militar à Rússia na ofensiva empreendida na Ucrânia. O apelo consta em comunicado conjunto divulgado após cúpula extraordinária em Bruxelas, na Bélgica, nesta quinta.
Os líderes se disseram preocupados com comentários recentes de autoridades chinesas e pediram que Pequim pare de amplificar as "narrativas falsas do Kremlin" sobre a guerra e a aliança, e promova uma resolução pacífica do conflito.
"Apelamos a todos os Estados, incluindo a República Popular da China (RPC), a defender a ordem internacional, incluindo os princípios de soberania e integridade territorial", exortam eles, que também pedem que os países abstenham-se de ajudar a Rússia a contornar as sanções internacionais.
<b>Sanções</b>
O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira novas sanções miradas contra a Rússia, em resposta à invasão da Ucrânia. As medidas têm como alvo empresas do setor industrial de defesa russo, 328 membros da Duma – braço Legislativo da estrutura política da Rússia – e o CEO do Sberbank, Herman Gref.
As sanções de hoje foram seguem medidas similares adotadas pela União Europeia (UE), Reino Unido e Canadá, e reforçam a união do Ocidente contra a ofensiva militar na Ucrânia, destacou o Tesouro em comunicado.
Segundo a nota, as empresas miradas pelo Tesouro são parte da "base industrial de defesa" da Rússia e produzem armamento para o exercito do país. O Departamento ainda justificou as sanções contra os membros da Duma ao afirmar que os 328 parlamentares ajudaram o governo russo a concretizar sua agressão no território ucraniano.
"A Duma russa continua apoiando a invasão do presidente Vladimir Putin, sufocando o livre fluxo de informações e infringindo os direitos básicos dos cidadãos da Rússia. Apelamos aos mais próximos de Putin para que cessem e condenem esta guerra", declarou a secretária do Tesouro americano, Janet Yellen.