O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, reafirmou o compromisso da aliança militar com a Ucrânia nesta terça-feira, 29, dizendo que a nação atingida pela guerra um dia se tornará membro da maior organização mundial de segurança. "A porta da Otan está aberta", declarou Stoltenberg, acrescentando que "a Rússia não tem poder de veto" sobre a adesão de países, disse ele em referência à recente entrada da Macedônia do Norte e Montenegro.
Apesar da declaração, a Ucrânia não deve fazer parte da Otan em um futuro próximo. "Estamos no meio de uma guerra e, portanto, não devemos fazer nada que possa minar a unidade dos aliados para fornecer apoio militar, humanitário e financeiro à Ucrânia, porque devemos impedir que o presidente Putin vença", explicou o secretário-geral da organização.
As falas de Stoltenberg aconteceram enquanto o secretário de Estado dos Estados Unidos (EUA), Antony Blinken, e aliados da Otan se reuniam na Romênia para angariar apoio urgentemente necessário para a Ucrânia, com o objetivo de garantir que Moscou não consiga derrotar o país enquanto bombardeia a infraestrutura de energia.
Na reunião, que deve durar dois dias, Blinken irá anunciar um suporte substancial dos EUA para a rede de energia da Ucrânia, segundo fontes oficiais.
Aliados da Otan também devem fazer novas promessas de apoio não letal à Ucrânia, como combustíveis, geradores, suprimentos médicos, equipamentos de inverno e dispositivos de interferência de drones.