Cidades

ÓTIMO – Resultado nem sempre influencia nas eleições

A realização da Copa no Brasil serviu de munição para as disputas partidárias.

 

Opositores ao governo de Dilma Rousseff (PT) nunca negaram o interesse eleitoral em um possível fracasso na organização do maior evento do mundo. Da mesma forma, partidários da presidente buscam tirar bastante proveito do sucesso dos jogos. Porém, ninguém sabe avaliar com exatidão a repercussão da derrota da Seleção Brasileira em campo. “Até hoje, a associação entre futebol e resultado eleitoral era um mito”, diz o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, em reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo. “Mas até hoje nunca havia ocorrido um vexame como esse”, completa. “Vamos ver, a partir de agora, que efeito pode produzir.”
 
Desta vez, os protestos contra a realização da Copa no país desde junho de 2013, movimento que se manteve constante até o início do Mundial, semanas atrás, pode mudar esse tipo de convicção. A derrota do Brasil ocorreu justamente no instante em que a presidente Dilma Rousseff parecia começar a tirar proveito do sucesso da organização do Mundial. Governistas passaram a espalhar mensagens positivas nas redes sociais, a expressão “Copa das Copas” ficou mais frequente, e Dilma, pelo Twitter, passou a interagir mais diretamente com a seleção.
 
Em eleições passadas, realizadas em ano de Copa do Mundo, o desempenho da Selelção não se traduziu nas urnas. Com um desempenho pífio na final de 1998 contra a França, quando perdeu por 3 a 0, a seleção brasileira foi alvo de uma avalanche de críticas, mas que foram insuficientes para arranhar o favoritismo de Fernando Henrique Cardoso, reeleito presidente no primeiro turno da disputa daquele ano.
 

 

Posso ajudar?