O ouro subiu nesta sexta-feira, 28, impulsionado pela desaceleração da inflação americana em maio, que suscitou expectativas pelo primeiro corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) já em setembro deste ano. Com a recuperação desta sexta, o preço do metal precioso consolidou os ganhos semanais.
Nesta sexta, o ouro para agosto fechou em alta de 0,13%, em US$ 2.339,60 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Na comparação semanal, houve ganhos de 0,36%.
Segundo Fawad Razaqzada, do City Index, o movimento de alta do ouro visto nessa semana se deve ao otimismo com cortes de juros pelo Fed, e não necessariamente com a alta da demanda por ativos de segurança. "Mais uma vez, o ouro subiu junto com os mercados de ações, sugerindo que a recuperação não é totalmente impulsionada por fluxos de refúgio em meio à incerteza em torno das próximas eleições antecipadas francesas, que parecem ter impactado apenas os mercados locais de ações e títulos", afirma.
Nesta sexta, o relatório de maio do PCE dos EUA veio em linha com as projeções do mercado, o que não é uma surpresa, depois das leituras de inflação ao consumidor e produtor (CPI e PPI) já terem indicado desaceleração.
Para o CIBC, o Fed agora volta os olhos para a leitura de junho destes dados, e caso se confirme a tendência desinflacionária, a instituição seguirá com os planos de cortar juros em setembro e mais uma vez neste ano.