O contrato futuro mais líquido do ouro fechou a quinta-feira, 21, em alta, ainda na esteira da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) da quarta-feira que reforçou as apostas de investidores por cortes na reunião de junho. Na noite da quarta, em pregão eletrônico, o metal chegou a subir aos níveis mais altos da história, ficando acima de US$ 2.200 por onça-troy, mas ele devolveu parte dos ganhos nesta quinta, conforme o dólar se fortalecia contra rivais estrangeiros.
O ouro para abril fechou em alta de 1,10%, em US$ 2.184,70 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
Segundo o TD Securities, mesmo depois de tocar as máximas intraday, ainda há "poucas assimetrias ascendentes nos preços do ouro, após esta reunião pacífica do Fed", visto que nem as projeções econômicas e nem o discurso do presidente da instituição, Jerome Powell, mudaram as apostas do mercado para o primeiro corte.
O banco canadense afirma que os traders que baseiam as suas apostas em fatores macroeconômicos já detêm posições em ouro consistentes com o atual ambiente de juros.
Na contramão, analistas da ICICI Direct Research afirmam esperar que o ouro estenda seus ganhos até a faixa de US$ 2.230, caso os retornos dos Treasuries e o dólar mantenham sua trajetória de queda, conforme cresce a convicção de que o Fed está acomodado com o retorno da inflação de volta à meta de 2% ao ano.