O contrato futuro de ouro fechou em baixa nesta segunda-feira, 17, após uma semana que marcou forte valorização para o metal. As leituras de inflação mais fracas que o esperado nos Estados Unidos e um posicionamento mais favorável a cortes de juros neste ano pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) apoiaram os preços do metal. Além disso, analistas apontam para uma série de incertezas globais, o que reforça a commodity, que é buscada como um ativo seguro.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para agosto encerrou em queda de 0,86%, a US$ 2.329,00 a onça-troy.
"Os metais preciosos estão sendo negociados com baixa no início da semana, mas as impressões consecutivas de inflação mais fracas do que o esperado, juntamente com os detalhes menos agressivos da reunião do Fed, fizeram com que o apetite pelo ouro aumentasse", avalia o TD Securities. "No entanto, dito isto, permanece muita incerteza relativamente ao momento dos cortes esperados e o posicionamento face a surpresas nos dados permanecerá elevado no curto prazo", projeta.
A política e a geopolítica são a principal fonte de incerteza, avalia o Julius Baer. "Introduzimos uma alocação estratégica de ouro nas nossas carteiras devido ao esperado aumento estrutural da sua procura por parte de investidores fora do G7 que procuram ativos que diversifiquem e protejam contra possíveis sanções ocidentais", afirma o banco.
Nos últimos meses, as compras de ouro pelo Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) estiveram entre os grande catalisadores para a alta de preços do metal.