O ouro voltou a recuar nesta segunda-feira, 22, com analistas citando o elevado nível de posicionamento comprado – que aposta em alta – como um fator de risco que pesa como potencial gatilho para uma reversão dos preços do metal para uma trajetória negativa. O ouro se manteve abaixo dos US$ 2.400, após o metal ter tocado máximas históricas no início da semana passada. O recuo do metal ocorreu em sessão de comportamento levemente em queda do dólar após a desistência do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de disputar a indicação democrata para a Casa Branca.
O ouro para agosto fechou em baixa de 0,18%, em US$ 2.394,70 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Na semana passada, o metal recuou 0,89%.
O TD Securities observou que os riscos de posicionamento estão agora assimetricamente para baixo do metal, já que os operadores detêm uma forte posição comprada que está vulnerável para ser rompida abaixo do patamar de US$ 2.380,00.
A expectativa de alguns analistas de que o ouro poderia receber novo impulso caso Biden desistisse de sua candidatura à reeleição não se confirmou. O presidente dos EUA anunciou, no domingo, 21, sua saída da disputa para tentar a reeleição, mas os democratas ainda seguem sem um candidato oficial, enquanto as pesquisas pré-saída de Biden apontam potencial de vitória de Donald Trump, candidato Republicano. O quadro deu suporte ao dólar na semana passada, uma variável que, habitualmente, tem correlação inversa a commodities.