O ouro fechou quase estável nesta terça-feira, 12, com uma leve baixa, depois de testar uma recuperação sem muito ímpeto em meio à desvalorização do dólar. Os mercados ajustam apostas para o futuro da trajetória de juros dos EUA, após alta marginal no índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) americano e a um dia da decisão monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para fevereiro de 2024 fechou em queda de 0,02%, a US$ 1.993,2 por onça-troy.
O dólar mais fraco no exterior e colaborou para a estabilização do ouro nesta terça, depois da queda vista ontem, observou o Bannockburn. "É possível que o metal precioso continue consolidado na área atual, até a divulgação do comunicado do Fed nesta quarta-feira, 13", escreveu o analista Alexander Londoño, da ActivTrades, em nota a clientes.
Para a Oxford Economics, o CPI de novembro dos EUA trouxe poucas informações que possam alterar os planos do Fed. Assim, a Sucden Financial espera que o preço do ouro suba ainda mais até o fim do ano, apoiado por expectativas de fim do ciclo de altas de juros, que pressionam os retornos dos Treasuries. A corretora aponta que o metal tem sido o principal beneficiário dessa tendência.
Já o Commerzbank alerta que, caso o tom do BC americano faça os mercados adotarem expectativas mais amenas para o futuro da política monetária, o ouro enfrentará um obstáculo. O banco avalia que o BC americano só deverá começar a cortar juros pelo menos na metade do ano que vem, e considera prematuras as apostas que precificam relaxamento já a partir de março.