O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afastou a possibilidade de ceder à pressão governista e abrir processos de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) no meio da crise entre o presidente Jair Bolsonaro e o Judiciário.
Conforme o <i>Broadcast Político</i> revelou ontem, governistas aproveitaram a escalada dos ataques ao STF para pedir a abertura de processos de cassação dos ministros no Senado e pressionar Pacheco a alterar as regras de avaliação desses pedidos.
"Não se pode fechar questão hora alguma em relação a isso, mas é preciso ter critérios, fatos, justa causa, tipicidade em relação à lei e até aqui não enxerguei nenhuma concretude que justifique impeachment de ministros do Supremo", disse Pacheco após reunião com o presidente do STF, Luiz Fux.
O presidente do Senado voltou a defender a prerrogativa do Supremo de condenar o deputado Daniel Silveira (PRB-RJ) e do presidente Jair Bolsonaro de conceder um indulto presidencial ao parlamentar, mas afirmou que cassação deve passar por aval do Legislativo e que o Congresso poderá discutir uma medida para impor regras à concessão de indultos em casos futuros e evitar o "sentimento de impunidade".