O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou nesta segunda-feira, 23, em evento da Secovi, sindicato patronal do mercado imobiliário, que o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, Davi Alcolumbre, não tratou com ele sobre a data da sabatina do ex-ministro da Justiça e ex-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU) André Mendonça, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Mais cedo, em entrevista a uma rádio paulista, Bolsonaro disse que a sabatina de Mendonça ocorreria nos próximos dias. O responsável por marcar o evento que chancela ou não a indicação é Alcolumbre, que tem "segurado" a pauta em meio a desentendimentos com o Palácio do Planalto.
A sabatina do procurador-geral da República, Augusto Aras, indicado por Bolsonaro para um novo mandato na Procuradoria-geral da República (PGR), por sua vez, está marcada na CCJ para amanhã, 24. Pacheco ainda reiterou que não vê fundamentos para dar continuidade ao pedido de impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes, encaminhado por Bolsonaro, mas lembrou que emitirá parecer junto à Advocacia-Geral do Senado. "A decisão deve ter adequação técnica, jurídica", declarou, acrescentando que não conversou cobre o tema com o chefe do Executivo.