O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), garantiu que, "mais do que nunca", o Poder Legislativo está unido ao Judiciário e ao Executivo após os atos antidemocráticos no domingo (8). Segundo ele, tal união é "insolúvel" para se fazer prevalecer a democracia brasileira "para sempre".
"Portanto, essa união é o resultado que se tem do dia 8 de janeiro, que é uma responsabilidade que se impõe a cada senador e a cada senadora que tenhamos atenção, dedicação e ações redobradas de preservação da nossa democracia", argumentou Pacheco em fala de abertura da sessão no Plenário do Senado. "Instituições são fortes o suficiente para reagir a esse tipo de assalto."
Ao citar o espírito de pacificação e postura em prol do funcionamento pleno das instituições, ele pontuou que não deve se confundir o espírito de pacificação com leniência e inércia. O senador prestou solidariedade às depredações ocorridas nos Poderes Executivo e Judiciário. "Todos os Poderes sofreram esses atos antidemocráticos análogos ao terrorismo."
Pacheco apresentou compromisso da Casa em tomar as providências para que o Senado "volte a funcionar em sua plenitude". Além disso, para que a próxima legislatura, que toma posse em 1º de fevereiro, seja inaugurada "dentro dessa plenitude de funcionamento".
Na avaliação do senador, o que aconteceu no domingo não foram "excessos de manifestações democráticas", mas crimes e, portanto, devem ser tratados como tal. "Quiseram tomar de assalto a democracia brasileira, dar um golpe", destacou.
"Não se pode ter sentimento de impunidade, eles golpistas serão tratados na forma de lei", disse.