O candidato ao governo do PT, Alexandre Padilha, aproveitou uma visita à região da cracolândia, no centro de São Paulo, nesta terça-feira, 19, para criticar seu adversário Geraldo Alckmin (PSDB). “Nós colocamos à disposição R$ 500 milhões (quando era ministro da Saúde) para Estados e municípios. O governo do Estado não quis fazer parcerias. O atual governador sempre coloca o partido na frente do interesse da população de São Paulo”, disse o petista.
Segundo o candidato, o governo estadual não quis, inclusive, utilizar os ônibus especializados para atender os usuários e garantir a segurança dos mesmos a exemplo da guarda municipal. “Ele não quis fazer parceira na saúde; não quis fazer parceria no monitoramento da polícia, tem cinco ônibus com o governo do Estado que estão parados”, disse.
Padilha afirmou que se eleito vai estabelecer parcerias com o governo federal e com as prefeituras para oferecer tratamento às pessoas com problemas de drogas, como é o caso da cracolândia. “Tem que ter policial na rua, parcerias com entidades religiosas para ressocializar essas pessoas”, disse, sem citar diretamente o programa municipal De Braços Abertos, do seu correligionário Fernando Haddad.
Vaias
Sobre as vaias que Alckmin recebeu nesta terça em visita a obras do metrô, Padilha disse que a campanha começou. “O mundo da propaganda acabou, muitas vezes o atual governador vive no mundo da propaganda”, disse. O petista também ironizou a publicidade acerca da construção de 100 km de linhas do sistema metroviário. “Placa tem bastante, de construção concreta foram menos de dois quilômetros em construção por ano. Ele governa o Estado há 20 anos e não tirou o metrô da capital”, afirmou.
O candidato não quis fazer promessas sobre quanto ele fará se for eleito. “Não vou falar de quilômetros, porque não adianta falar em quilômetros na Avenida Paulista”, disse, ressaltando que levará o metrô ao ABC e outras regiões metropolitanas. “O que eles prometeram até 2030, vamos fazer até 2020.”
Padilha participou de uma caminhada na Praça Ramos, no centro de São Paulo, acompanhado do senador e candidato à reeleição Eduardo Suplicy e de alguns secretários municipais.
Constrangimentos
Logo no início da caminhada, Padilha enfrentou um constrangimento quando um pedestre passou por ele e gritou o nome de Alckmin e Aécio, candidatos tucanos. Depois, ao entrar numa loja e entregar panfletos, o candidato viu uma vendedora amassar seu folheto de campanha. A vendedora, de 19 anos, disse que ainda não tinha definido o seu voto e que pretendia anular. “Eles só vêm aqui em época de eleição”, disse.