O deputado reeleito Alexandre Padilha (PT-SP) afirmou há pouco, durante visita a sede do governo de transição, que uma das prioridades do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva será recuperar a capacidade vacinal do País. Padilha foi escolhido para compor a equipe da área de saúde e é apontado como possível ministro da área ou para chefiar o Ministério da Fazenda.
"A missão do time escolhido é fazer um diagnóstico da gravidade da situação da saúde. A gente vai fazer um diagnostico detalhado dessa situação e certamente o presidente Lula disse que uma de suas prioridades e recuperar a capacidade vacinal no País. O Zé Gotinha vai voltar e vai ser respeitado pelo presidente Lula. Bolsonaro foi criminoso em relação ao programa de imunização do País", disse.
O parlamentar afirmou que a equipe de saúde da transição terá a primeira reunião na tarde de amanhã, 10. Ele também agradeceu ao médico David Uip, que recusou convite para compor o grupo.
"Quero agradecer ao médico David Uip. Ele não aceitou por problemas pessoas, mas deixou claro que vai colaborar de alguma forma. Outras pessoas, a partir desse time da transição da saúde. Muitas entidades estão nos procurando e enviando documentos. Teremos primeira reunião amanhã a tarde e vamos organizar uma calendário para dialogar com os diversos atores do setor da saúde", disse.
<b>Saúde ou Fazenda?</b>
Na mesma ocasião, Padilha disse que a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva e de Geraldo Alckmin é que vai salvar a economia brasileira e não a escolha do ministro da Fazenda. Padilha é apontado como um dos cotados para ocupar o Ministério da Fazenda e durante a transição será membro da equipe da área de saúde.
"O que vai salvar a economia do Brasil é a eleição do presidente Lula e do vice-presidente Alckmin. O povo brasileiro escolheu dois líderes com experiência e capacidade política. Eles já provaram, nos governos que fizeram, que sabem combinar responsabilidade social com responsabilidade na gestão das contas públicas", disse.
Questionado se será ministro da Saúde ou da Fazenda, Padilha afirmou que o momento agora é de formulação de diagnósticos por meio da equipe de transição.
"Esse debate não está em questão. Transição é transição e jogo é jogo. Tenho vontade de ajudar o presidente Lula. Nós sofremos muito com o que foi o governo Bolsonaro. Eu, como profissional de saúde, sofri muito. Vou ajudar o presidente Lula como deputado reeleito e no time da saúde vou ajudar com o diagnóstico", disse.
Segundo Padilha, o presidente Lula foi eleito há pouco mais de uma semana e deve aguardar o recebimento e um bom diagnóstico antes de escolher quem será o ministro da Fazenda. Segundo ele, já está claro para o mercado quem será o presidente do Banco Central pelos próximos dois anos, o que dá tranquilidade aos investidores.
"O presidente Lula e o presidente Alckmin vão definir uma equipe econômica competente e vão fazer com que o Brasil tenha um ciclo que combine três coisas. Que são crescimento econômico, redução da desigualdade e responsabilidade com as contas públicas", disse.