O equatoriano Diego Palácios se apresentou ao torcedor do Corinthians, nesta quarta-feira, como um lateral-esquerdo ofensivo, inspirado no brasileiro Marcelo, e aguerrido, como gostam os corintianos. Mais do que isso, fez questão de mostrar também o seu lado humano, mandado suas melhores vibrações aos compatriotas do Equador, alvo de uma onda de violência, a ponto de o presidente Daniel Noboa ter decretado "conflito armado interno" após narcotraficantes sequestrarem policiais e invadirem uma emissora de TV no país.
"Quero dizer primeiro: força, Equador. Estamos passando por um momento muito difícil. Que Deus permita que tudo saia bem e que as famílias possam sair às ruas normalmente, compartilhar momentos, como sempre fizemos", disse o jogador de 24 anos em suas primeiras palavras oficiais como jogador do Corinthians, durante coletiva de imprensa no CT Joaquim Grava.
Ex-integrante do elenco do Los Angeles FC, Palácios chegou a São Paulo sem custos de transferência e assinou um contrato válido até 31 dezembro de 2027, com multa rescisória de R$ 300 milhões para o mercado nacional e 100 milhões de euro (R$ 536,2 milhões) para o mercado internacional. Os valores foram divulgados pelo próprio Corinthians, de acordo com a promessa de transparência feita pelo pelo presidente Augusto Melo durante sua campanha no ano passado.
A lateral esquerda é uma posição que carece de solução no time paulista, após um ano frustrante que levou Fábio Santos a decidir se aposentar e no qual Mateus Bidu não conseguiu se firmar como titular. O novo reforço promete entregar uma atuação equilibrada entre os setores do campo, mas disse considerar-se um lateral ofensivo.
"Eu gosto muito de atacar, é o que mais gosto, e depois ajudar o time a recuperar a bola, porque sem bola não há futebol. Gosto de atacar espaços, ajudar meus companheiros e buscar o gol", disse o equatoriano, que disse se inspirar em Marcelo, do Fluminense, uma das maiores referências de lateral habituado ao ataque no mundo. "Do Brasil saíram os melhores jogadores do mundo, o meu favorito é Marcelo, estou sempre vendo ele."
Outra característica destacada por Palácios foi seu espírito de luta, algo que, caso se comprove em campo, certamente agradará os torcedores corintianos. Também disse estar pronto para lidar com a pressão da torcida após cinco anos nos Estados Unidos, onde o futebol não é tão popular.
"O Corinthians vai ter um jogador que luta pela equipe, que quer se divertir em campo, trabalhar, vou dar o máximo de mim, por isso vim", afirmou. "Acredito que a pressão de fora é necessária, todo jogador precisa de pressão. Se a torcida fizer pressão, nós vamos responder esperamos que a torcida sempre vá ao estádio para nos apoiar", concluiu.