Palestinos ameaçaram cortar as conversas com os Estados Unidos caso o governo do presidente Donald Trump leve adiante seu plano de fechar a Organização de Liberação da Palestina (PLO, na sigla em inglês), o escritório diplomático palestino em Washington. A possível ruptura das relações ameaça também a estratégia de Trump para promover a paz no oriente médio – missão delegada ao seu genro Jared Kushner.
O negociador sênior dos palestinos, Saeb Erekat, disse que a decisão dos EUA é “muito infeliz e inaceitável”, acusando Washington de ceder às pressões do premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, “num momento em que estamos tentando cooperar para chegar ao acordo final”.
Em vídeo publicado em redes sociais, Erekat diz: “Iremos suspender todas as conversas com o governo norte-americano”. Não houve reação imediata do governo Trump. O gabinete de Netanyahu disse que o fechamento do escritório é “uma questão da legislação dos EUA”.
Autoridades norte-americanas disseram, antes das declarações de Erekat, que a medida não tinha como objetivo pressionar os palestinos, apenas cumprir o que determina a lei do país.
Na sexta-feira, o governo anunciou que os palestinos haviam perdido o direito de operar a PLO em Washington caso entrassem no Tribunal Criminal Internacional contra autoridades israelenses por crimes contra palestinos.
Para o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, os palestinos passaram do limite quando o presidente Mahmoud Abbas pediu que o Tribunal investigasse e processasse israelenses.
Trump tem agora 90 dias para considerar se os palestinos estão em “negociações diretas e significativas com Israel”. Caso Trump determine que isso está acontecendo, o escritório palestino continuará aberto. Fonte: Associated Press.