Cerca de 150 pessoas participaram na manhã desta segunda-feira (05) da solenidade de abertura do Novembro Azul e Negro, no Adamastor Centro. A programação do mês dedicado à saúde do homem e da população negra no contexto do SUS, dentro do Programa Movimenta Saúde, se estende até o dia 30 na cidade, com atividades gratuitas voltadas a esses dois públicos em todas as unidades de saúde.
Uma apresentação musical por Juliano Neto Matos, assistente de gestão pública da Secretaria de Saúde; e Tatiana Pereira, gerente do Centro de Referência da Assistência Social Itapegica deu início à programação desta segunda-feira, que também contou com ciclo de palestras. “Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), o que eu preciso saber” foi o primeiro tema abordado pelas fisioterapeutas da Secretaria de Saúde, Mariana Martinez e Juliana de Melo.
Segundo as palestrantes, a DPOC consiste na obstrução da passagem de ar pelos pulmões, geralmente causada pela fumaça do cigarro e outros agentes nocivos. O tema foi escolhido para o Novembro Azul e Negro, porque a doença apresenta prevalência e incidência maior entre os homens, especialmente entres aqueles com idade acima de 75 anos.
Na sequência, o assunto tratado foi o quesito raça-cor, com a palestra “Promoção da equidade: acolhimento e qualificação do quesito raça-cor nos serviços de saúde”, por Greice Oliveira, assistente Social da Subsecretaria da Igualdade Racial; e “Regulamentação da Portaria Municipal – Quesito Raça/Cor”, com Alice Aparecida dos Santos, coordenadora da Área Técnica da Saúde da População Negra da Rede de Atenção aos Direitos Humanos da Secretaria de Saúde.
No ano passado, o Ministério da Saúde editou a Portaria 344, instituindo o critério da autodeclaração, que determina o preenchimento do quesito raça-cor de acordo com a informação prestada pelo próprio usuário do serviço de saúde. A proposta da lei é respeitar a percepção de cada indivíduo em relação à sua raça-cor, o que implica considerar não somente os traços físicos, mas também a origem étnico-racial, aspectos socioculturais e construção subjetiva do sujeito.
Programação
Até o final do mês, a programação do Novembro Azul e Negro vai movimentar as unidades de saúde, com palestras sobre vários temas voltados à saúde do homem e da população negra, tais como: câncer de próstata; efeitos maléficos do consumo de álcool e fumo; uso inadequado de medicamentos; patologias mais incidentes na população negra, entre outros.
Também integram a programação rodas de conversa para discutir a depressão e o alcoolismo no homem; a consciência negra: valores e cultura, em busca do seu lugar na sociedade; apresentação de vídeos sobre racismo e grandes personalidades negras; sessão de cinema, bem como Dia da Beleza do Homem, com corte de cabelo e outros serviços para elevar a autoestima masculina. Para participar, basta comparecer a um serviço de saúde e se informar sobre as atividades.