Após a goleada por 4 a 0 sobre o Deportivo Pereira, pela partida de ida das quartas de final da Libertadores, o Palmeiras passou por transtornos para voltar ao Brasil. Antes da decolagem do avião da presidente Leila Pereira, o sistema de segurança da aeronave detectou um problema e o voo de volta para São Paulo foi adiado. No meio da tarde desta quinta-feira, o clube informou que a delegação foi de ônibus para Cali e fretou uma aeronave para retornar à capital paulista apenas na sexta.
"Em função de um problema técnico detectado pelo sistema de segurança da aeronave que levou a delegação do Palmeiras a Pereira, na Colômbia, os jogadores e o staff do clube seguirão hoje de ônibus até Cali, onde aguardarão os últimos trâmites burocráticos para embarcar em voo fretado com destino a São Paulo nesta sexta-feira", explicou a comunicação da equipe em contato com a reportagem por mensagem.
A viagem para enfrentar o Deportivo Pereira é a primeira internacional da aeronave com o Palmeiras. Comprado em Portugal, o avião realizou voos até mais longos para chegar ao Brasil sem problemas e também já tinha sido usado em outras ocasiões na Europa. Antes do jogo da Libertadores, a delegação do time paulista já havia voado na aeronave da Companhia Placar para o Rio, onde o time enfrentou o Fluminense.
Em um primeiro momento, o Palmeiras informou que o problema detectado não era nada sério e seria resolvido para que posteriormente a aeronave pudesse realizar a viagem. Contudo, com a demora na resolução e a necessidade de um retorno rápido por causa da partida da equipe no domingo contra o Vasco, pelo Brasileirão, o clube optou por uma ida de ônibus até Cali e um fretamento de avião para São Paulo.
Comprado por Leila Pereira para facilitar a logística do Palmeiras para as partidas nas competições nacionais e continentais, a aeronave é de um modelo E190-E2, que tem 98 lugares e é avaliada em US$ 64 milhões ( cerca de R$ 305 milhões). A chegada do avião foi em meio a um momento de crise da presidente com a torcida do clube, que não aceita o fato de o clube não ter contratado jogadores.
O avião pertence à Placar Linhas Aéreas, empresa de Leila no ramo da aviação, e será colocado à disposição de outros clubes para fretamento. A ideia de adquirir o avião partiu da própria presidente. A iniciativa visa gerar uma economia para o clube, que, segundo apuração do Estadão, gastava em torno de R$ 1,5 milhão por mês com viagens do elenco.