A ambição do Palmeiras em passar o Grêmio e ser vice-campeão do Campeonato Brasileiro esfriou nesta segunda-feira. Uma atuação ruim, marcada por falhas da defesa, decretou a derrota por 2 a 1 para o Avaí, no estádio da Ressacada, em Florianópolis, e manteve a equipe paulista em terceiro lugar com 60 pontos, um a menos que o rival gaúcho.
Mesmo já garantido na fase de grupos da Copa Libertadores, o time não teve um futebol à altura da posição na tabela de classificação e perdeu para um rival que luta contra o rebaixamento. O Avaí chegou a 39 pontos e segue na 19.ª e penúltima posição, mas está empatado com Ponte Preta e Sport e tem só um ponto a menos que o Vitória, o primeiro fora da zona da degola.
No encontro entre o Avaí, movido pelo desejo de evitar a queda, contra o Palmeiras, com pouca ambição além de ser vice, ficou evidente a diferença de metas neste fim de Brasileirão. Mesmo inferior tecnicamente, a equipe catarinense soube o momento de explorar o posicionamento ruim da defesa e aguentar ao máximo a pressão. O limite foi até o adversário resolver pressionar de vez e se empenhar como não havia feito na partida.
Focado em buscar o segundo lugar para receber mais premiação e com chance de passar o Grêmio, o Palmeiras não demonstrou no começo do jogo estar tão empenhado em busca deste objetivo. Pela primeira vez neste Brasileirão, a equipe entrou em campo já garantida na fase de grupos da Libertadores, o que possivelmente justifica o estilo cadenciado e pouco efetivo do primeiro tempo.
O Palmeiras dominou as ações e passou a maior parte do tempo no ataque, com trocas de passes para o lado e uma repetida insistência em chutar, mesmo quando a melhor escolha talvez fosse trabalhar mais a jogada. Fora uma finalização na travessão de Tchê Tchê, as outras tentativas passaram para longe do gol.
O comando no jogo não solucionava o recorrente defeito de a defesa jogar com a linha adiantada e com pouca cobertura. Após sustos no primeiro tempo, logo na primeira investida do Avaí na segunda etapa Maurinho furou a marcação, entrou livre na área e foi derrubado pelo goleiro Fernando Prass. Marquinhos converteu o pênalti aos 12 minutos para abrir o placar a favor dos catarinenses.
O defeito defensivo palmeirense não foi arrumado a tempo de evitar o 2 a 0. Com a defesa avançada e sem proteção, Lourenço saiu livre e tirou de Fernando Prass para ampliar aos 16 minutos. A desvantagem fez o Palmeiras reagir, colocar mais um atacante (Willian) e procurar pressionar. Pouco depois de chute na trave, Keno diminuiu, aos 29.
A partir daí só deu Palmeiras. O técnico interino Alberto Valentim deixou o time com cinco atacantes de origem com a entrada de Deyverson e procurou acuar o Avaí. Foi uma reação tardia e pouco produtiva de quem poderia ter tido atitude mais aguda desde o começo. O goleiro Maurício Kozlinski fez boas defesas. Por fim, mereceu ganhar quem teve mais empenho e conseguiu voltar a vencer em casa depois de três meses.
FICHA TÉCNICA
AVAÍ 2 x 1 PALMEIRAS
AVAÍ – Maurício Kozlinski; Maicon, Fagner Alemão, Betão e João Paulo; Judson, Pedro Castro, Maurinho (Wellington Simião) e Marquinhos; Júnior Dutra (Luanzinho) e Rômulo (Lourenço). Técnico: Claudinei Oliveira.
PALMEIRAS – Fernando Prass; Jean, Mina, Luan e Michel Bastos; Thiago Santos (Willian), Tchê Tchê (Deyverson) e Moisés; Dudu, Keno e Borja. Técnico: Alberto Valentim (interino).
GOLS – Marquinhos (pênalti), aos 12, Lourenço, aos 16, e Keno, aos 29 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS – Wellington Simião e Maurício Kozlinski (Avaí); Fernando Prass e Willian (Palmeiras).
ÁRBITRO – Ricardo Marques Ribeiro (Fifa/MG).
RENDA E PÚBLICO – Não disponíveis.
LOCAL – Estádio da Ressacada, em Florianópolis (SC).