A diretoria do Palmeiras prometeu nesta terça-feira que vai continuar a brigar para conseguir anular o resultado da final do Campeonato Paulista, pelo Corinthians, sob a reclamação de interferência externa. O clube promete entrar nesta quarta-feira no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) com uma nova ação. O processo acabou arquivado pelo órgão na última segunda-feira.
Em entrevista coletiva em Buenos Aires, onde o time enfrenta na quarta o Boca Juniors, o diretor jurídico do clube, Alexandre Zanotta, confirmou que o clube vai pedir novamente a impugnação do jogo. “As provas são irrefutáveis do que aconteceu. Acho que ninguém tem dúvida do que aconteceu e de que houve interferência externa. O Palmeiras não busca nem apresentar provas, as provas já estão aí. A gente quer que seja reconhecida a verdade”, afirmou.
O clube questiona a possível interferência externa que teria induzido o árbitro Marcelo Aparecido de Souza a cancelar a marcação de um pênalti de Ralf em Dudu, no segundo tempo. O Palmeiras contratou uma empresa de investigação americana, a Kroll, para colher provas e encontrou imagens em que supostamente membros da Federação Paulista de Futebol (FPF) utilizam celulares para se comunicar e obter informações sobre o lance.
O diretor jurídico do clube negou que a briga nos tribunais seja para mudar o placar do jogo. “Nosso objetivo agora não é mudar resultado, é que seja reconhecida a verdade, que fique demonstrado que houve interferência externa, o que é irregular pela normas do campeonato, da CBF e da Fifa. O que vier depois é só consequência”, afirmou.
Entre os próximos passos do caso, Zanotta explicou que o clube tentará novamente que a ação de impugnação seja apreciada no TJD e pensa em levar o processo à Corte Arbitral do Esporte (CAS), na Suíça. “Caso o TJD resolva se omitir novamente o próximo recurso é o Superior Tribunal de Justiça (STJD). A última instância que o Palmeiras pode recorrer é o CAS, mas o que a gente pensa é passo a passo. Primeiro vamos cuidar do processo no TJD”, disse.
O dirigente do Palmeiras questionou a conduta do TJD com o processo, por ter concluído o trabalho em sete dias apesar do prazo ser maior, de 15 dias. “As contradições nos depoimentos foram gritantes, o nervosismo dos integrantes da comissão de arbitragem da partida durante o depoimento. Tudo isso está mais que provado que houve irregularidade”, comentou.