Palmeiras tem sequência de decisões que pode render mais R$ 12 milhões em prêmios

Um time multicampeão e várias vezes premiado no ano passado. O Palmeiras inicia a semana atrás de manter a sequência vitoriosa de títulos. Nos próximos dez dias, pode levantar mais duas taças, além de embolsar mais dinheiro em meio à pandemia, com jogos sem público. A equipe do técnico Abel Ferreira terá pela frente a Recopa Sul-Americana e a Supercopa do Brasil. Se vencer os dois confrontos, o clube receberá R$ 12 milhões.

Sem jogar desde 25 de março, o Palmeiras enfrenta na quarta-feira o Defensa Y Justicia, em Buenos Aires, pelo jogo de ida da Recopa. A equipe brasileira disputa o título por ter sido campeã da Copa Libertadores. O adversário, por sua vez, ganhou a Copa Sul-Americana sob o comando do então técnico Hernán Crespo, atualmente no São Paulo. A partida de volta será na quarta-feira seguinte, em Brasília – a Justiça permitiu a realização do jogo no DF.

A Recopa vai entregar ao campeão cerca de R$ 7 milhões. Já o vice receberá R$ 4,2 milhões. Os valores são bem mais modestos que os da Libertadores, cuja premiação ao vencedor passa dos R$ 80 milhões. Ainda assim, trata-se de um título internacional inédito e da oportunidade de o Palmeiras iniciar a temporada 2021 do mesmo jeito que encerrou a anterior: levantando taça.

"É sempre muito difícil enfrentar equipes argentinas, é uma final, e estamos nos preparando para chegar lá e fazer uma grande partida", disse o meia Zé Rafael. Recuperado de problema físico, ele será uma das novidades para as finais. Além dele, o Palmeiras conta com o retorno de Abel Ferreira. O técnico passou um período de férias em Portugal e retornou ao Brasil na quinta passada para iniciar a preparação da equipe.

Entre uma partida e outra da Recopa, o Palmeiras terá a chance de disputar um outro título. Campeão da Copa do Brasil em cima do Grêmio em março, a equipe encara o vencedor do Campeonato Brasileiro de 2020, o Flamengo. A partida será em jogo único, em Brasília, no próximo domingo. O prêmio em jogo será de R$ 5 milhões para o campeão e de R$ 2 milhões para o vice.

Os diversos prêmios recebidos pelas boas campanhas têm ajudado o Palmeiras a equilibrar as contas em um cenário marcado pelo prejuízo gerado pela pandemia. "Perdemos ao redor de 30% das receitas em 2020. E o quadro tende a se repetir para 2021", disse no último mês ao <b>Estadão</b> o presidente do clube, Mauricio Galiotte. "Óbvio que a premiação ajuda muito, mas não soluciona o problema devido à gravidade dele", acrescentou. O Paulistão está parado em São Paulo e não há previsão de retomar a presença de torcedores nas arenas.

Pelos títulos na última temporada, o Palmeiras acumulou cerca de R$ 200 milhões em premiação. O valor não inclui descontos em impostos. A equipe ganhou taças com a Libertadores, Copa do Brasil e Campeonato Paulista. Fora essas três conquistas, recebeu também recompensas pela participação no Mundial de Clubes, pelo sexto lugar no Brasileirão e mais bônus por metas que estavam previstas no contrato com a Puma e Crefisa.

Mesmo que não seja campeão das duas decisões, o Palmeiras não voltará para casa sem nenhum prêmio. Se perder para o Defensa Y Justicia e para o Flamengo, a equipe vai embolsar no mínimo R$ 6,2 milhões pelo dois vice-campeonatos. Em termos de comparação, a cifra é maior até mesmo ao valor que será pago ao campeão paulista de 2021. Quem levar o Estadual, embolsará R$ 5 milhões.

Ao contrário das demais competições oficiais, o Palmeiras não vai receber um bônus da Crefisa em caso de títulos tanto na Recopa quanto da Supercopa. O contrato entre as duas partes não prevê a distribuição de premiação extra para esses dois torneios.

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