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Palmeiras usa bonificação da Crefisa para abater parte da dívida com patrocinador

O Palmeiras vai usar os R$ 12 milhões de bonificação que recebeu da Crefisa pelo título da Copa Libertadores para abater parte da dívida com a própria patrocinadora. A conta gira em torno de R$ 130 milhões. O clube é presidido por Leila Pereira, que também é dona das empresas que patrocinam a agremiação, mas, segundo a diretoria, essa decisão foi tomada pela gestão anterior, de Maurício Galiotte.

"Em minha gestão caso ocorra qualquer situação envolvendo os patrocinadores Crefisa e FAM o assunto será submetido ao COF ou ao Conselho Deliberativo do Palmeiras. O que estes conselhos decidirem será aplicado", assegura a presidente Leila Pereira. A informação foi publicada inicialmente pelo ge.globo e confirmada pelo <b>Estadão</b>. O Palmeiras já vinha usando a bonificação da Crefisa em títulos anteriores para amortizar a dívida com a patrocinadora.

Com esse bônus e as parcelas que o Palmeiras vai receber pelas transferências do atacante Carlos Eduardo ao Athletico-PR e do volante Bruno Henrique ao Al-Ittihad, da Arábia Saudita, o débito com a patrocinadora deve cair para R$ 110 milhões neste fim de 2021.

No início de 2022, a previsão, segundo os cálculos do Palmeiras, é de que a dívida esteja abaixo de R$ 100 milhões. Isso porque o clube também vai receber em breve parte dos R$ 20 milhões referentes à venda de 50% dos direitos econômicos de Borja ao Junior Barranquilla.

Responsável por patrocinar a equipe desde 2015, a instituição financeira chegou a ser credora de um empréstimo no valor de R$ 170 milhões no início de 2020. Desde então, a pendência vem diminuindo. A dívida é referente a investimentos da patrocinadora na compra de jogadores como Borja, Guerra, Lucas Lima, Luan, Bruno Henrique e Deyverson.

Cabe lembrar que em janeiro de 2018 o Palmeiras e a empresa assinaram um termo aditivo sobre o formato da operação utilizada entre ambos para contratar jogadores com recursos vindos da patrocinadora. Em vez de configurar como compras de propriedade de marketing, passou a ser um empréstimo com juros corrigidos pelo CDI. O acordo foi refeito para se adequar a uma exigência da Receita Federal, que multou a Crefisa no fim de 2017 por considerar inadequado o formato utilizado anteriormente.

O formato do empréstimo obriga o Palmeiras a devolver o valor recebido pelas vendas desses atletas em até dois anos após a saída deles para outras equipes. O clube fica com um possível lucro. A patrocinadora não coloca mais dinheiro em contratações de jogadores, como reforçou Leila em entrevista recente ao <b>Estadão</b>. Ela afirmou que o clube "tem que andar com as próprias pernas".

O Palmeiras deve fechar 2021 com arrecadação próxima de R$ 900 milhões. O clube recebeu uma premiação de aproximadamente R$ 164,5 milhões ao longo da temporada de 2021.

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