O procurador-geral do Banco Central, Isaac Sidney Ferreira, avalia que não houve irregularidades envolvendo o papel da autoridade monetária durante a venda do Banco Panamericano para a CaixaPar e o BTG Pactual, entre 2009 e 2010.
Ferreira cita, também, que a totalidade da representação agora encaminhada pelo Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União em relação ao caso já foi apreciada pelo TCU. Essa nova representação do MP foi revelada nesta sexta-feira, 1º, pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.
O caso envolve a compra de uma fatia do Banco Panamericano pela CaixaPar, uma subsidiária da Caixa, por R$ 740 milhões. Logo depois, foram descobertas fraudes financeiras que abriram um rombo de R$ 4,3 bilhões no patrimônio do Panamericano, que era do Grupo Sílvio Santos.
O Ministério Público agora está tentando reabrir o caso e sustenta, em representação enviada ao ministro do TCU José Múcio Monteiro, que o sinal verde do Banco Central para a operação fez a CaixaPar se envolver em uma transação “ruinosa e ilegal” ao adquirir por R$ 740 milhões uma parcela do Panamericano.
Ferreira disse ao Broadcast que a postura do BC diante da operação de compra de fatia do Panamericano pela CaixaPar foi correta. “A avaliação é de que 100% do objetivo dessa representação já foi apreciado pelo TCU. Isso a partir, também, de uma representação do próprio Ministério Público”, disse o procurador-geral do BC.
O procurador se refere a uma extensa investigação realizada em 2012 pela área técnica do Tribunal de Contas e que levou ao arquivamento, no Banco Central, do processo que apurava irregularidades no processo de mudança societária no Panamericano.