A direção do Barcelona revelou, nesta segunda-feira, que o clube catalão deixou de arrecadar cerca de 97 milhões de euros (R$ 640 milhões) por causa dos impactos causados pela pandemia do novo coronavírus. O anúncio foi feito pelo vice-presidente financeiro, Jordi Moix, em entrevista coletiva.
Durante o período, o Barcelona recebeu menos 203 milhões de euros pelo fato de não vender ingressos (47 milhões de euros), ter diminuição da exposição de patrocinadores (37 milhões de euros), produtos licenciados (35 milhões), direitos de televisão (35 milhões), visitas ao museu do clube (16 milhões), cancelamento de eventos (3 milhões) e outros (29 milhões).
Ao mesmo tempo, o clube gastou menos 74 milhões de euros (R$ 488 milhões), muito deste montante com a redução dos salários dos atletas de time do time de futebol. Já a dívida do Barcelona, que era de 242 milhões de euros antes da pandemia, agora atinge a cifra de 379 milhões de euros.
Segundo Moix, outros grandes clubes da Europa vivem situação semelhante. Ele revelou que a Juventus deixou de ganhar 71,4 milhões de euros, o Borussia atingiu 43,4 milhões de euros e o Manchester United somou perdas de 110 milhões de euros.
O dirigente afirmou que os clubes europeus deixaram de receber cerca de 4 bilhões de euros e que 26,3% viriam da venda de ingressos. Apesar de todos os problemas o dirigente é otimista quanto ao futuro e garante que o estado financeiro do clube é "sólido".
As previsões de Moix é que o futebol espanhol tenha 25% de público nos estádios até dezembro e chegará em fevereiro a 100%, retomando o orçamento.