Estadão

Pantone protesta contra o Catar com bandeira pró-LGBT+ em preto e branco

A Pantone, principal marca de cores do mundo, decidiu protestar contra as regras do Catar e lançou uma bandeira em prol da causa LGBT+ em preto e branco. Por causa das leis do país sede da Copa do Mundo de 2022, as cores do arco-íris foram omitidas na campanha, mas elas podem ser identificadas por meio da numeração que representa cada uma delas no sistema usado pela empresa.

A manifestação é uma iniciativa da instituição Stop Homofobia ("Pare a homofobia", em tradução livre) e ocorre às vésperas da abertura oficial do mundial. O Catar criminaliza a relação sexual entre pessoas do mesmo sexo.

A campanha batizada de Cores de Amor foi lançada como uma resposta à organização do evento pela proibição do uso de bandeiras LGBT+ dentro dos estádios durante os jogos. "Porque nós deveríamos poder sempre mostrar nossas verdadeiras cores", escreveu a marca, em suas redes sociais.

<b>Apoio à causa</b>

Além da Pantone, outras marcas e pessoas influentes têm apoiado a causa da diversidade ao recusar convites da Fifa para participar da abertura do evento.

Recentemente, as cantoras Dua Lipa e Shakira declinaram convites para se apresentar na abertura da Copa.

Outras marcas lançaram campanhas com mensagens críticas às leis locais. A marca de energéticos Lucozade, patrocinadora da seleção britânica de futebol, decidiu retirar sua marca do país em resposta às denúncias de abuso aos direitos humanos.

Segundo o jornal londrino <i>The Sun</i>, a empresa que patrocina a seleção desde 2008 não terá sua marca exposta em partidas, treinos ou entrevistas à imprensa. "Lucozade é um patrocinador orgulhoso e de longa data da seleção inglesa, mas nós não somos um parceiro oficial da Copa do Mundo da Fifa", informou, em nota.

Longe dos estádios e fora da lista de patrocinadores, a cervejaria BrewDog divulgou uma campanha criticando a escolha do Catar como sede do torneio. Em peça publicitária divulgada nas redes sociais, a empresa disse estar orgulhosa de "não ser patrocinadora da Copa do Mundo". "Primeiro a Rússia, depois o Catar. Não podemos esperar pela Coreia do Norte", ironizou.

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