O papa Francisco denunciou, durante as celebrações da Sexta-Feira Santa, o que chamou de “silêncio cúmplice” frente ao assassinato de cristãos pelo mundo.
A cerimônia, que recorda o sofrimento e morte de Jesus através da crucificação, é realizada todos os anos no Coliseu, em Roma.
Depois de ouvir em silêncio, muitas vezes com a cabeça baixa e os olhos bem fechados, a via-crúcis de Jesus, Francisco voltou a um assunto que ultimamente tem sido uma preocupação urgente de seu papado – o martírio atual dos cristãos em partes do Oriente Médio e da África.
“Vemos, ainda hoje, os nossos irmãos perseguidos, decapitados e crucificados, pela sua fé em Jesus, na frente de nossos olhos ou muitas vezes com o nosso silêncio cúmplice”, afirmou Francisco.
Poucas horas antes, Francisco havia condenado o ataque mortal de militantes islâmicos contra os cristãos em uma universidade queniana, que vitimou 147 pessoas.
No início deste ano, o papa denunciou o assassinato na Líbia de 21 cristãos coptas por militantes do Estado Islâmico, dizendo que eles foram mortos simplesmente por sua fé. E lamentou também que cristãos de regiões do Oriente Médio têm sido forçados a fugir de suas antigas comunidades para escapar da perseguição.
Entre os que se revezavam para levar a cruz estavam fiéis de Iraque, Síria, Nigéria, Egito e China.
Uma das orações durante a procissão clamou que o “direito fundamental da liberdade religiosa” se espalhe por todo o mundo.
Dezenas de milhares de turistas, peregrinos e romanos acompanharam com velas a procissão.
No sábado, o papa Francisco vai comemorar a Vigília Pascal na Basílica de São Pedro. No domingo de Páscoa pela manhã, ele vai celebrar a missa na Praça de São Pedro. Fonte: Associated Press.