O papa Francisco autorizou neste sábado, 20, a promulgação de um decreto que reconhece as "virtudes heroicas" de padre Albino Alves da Cunha e Silva, também conhecido como monsenhor Albino. Com a determinação, o religioso passou a ser considerado "venerável" pela Igreja Católica e está apto a seguir os demais ritos necessários para ser beatificado e canonizado.
O decreto foi celebrado pela Diocese de Catanduva, que abriu o processo para solicitar o reconhecimento do padre como santo, em 2013. Português, o sacerdote viveu durante quase seis décadas no município do interior de São Paulo, onde morreu aos 91 anos, em 1973.
No município, o padre virou referência pelos trabalhos sociais, especialmente na assistência em saúde, tendo liderado a criação da Santa Casa, hoje Hospital Padre Albino, e do Centro Universitário Padre Albino, gerido pela Fundação Padre Albino.
Além disso, liderou a construção da Igreja Matriz de São Domingos, em 1919, que recebeu, nos anos seguintes, pinturas e ornamentos de autoria de Benedito Calixto, e a criação de uma casa de acolhimento para idosos na década seguinte.
Segundo a Fundação Padre Albino, 30 mil pessoas acompanharam o sepultamento do religioso, cujo corpo ficou dois dias exposto para a despedida dos fiéis.
Além de padre Albino, outros seis nomes foram reconhecidos como "servos de Deus" pelo pontífice, incluindo três religiosas italianas da Congregação das Irmãs das Pobrezinhas, que atuaram no Congo na segunda metade do século 20.