Bateu aquela vontade de mudar a sua casa? Trocar os móveis de lugar, pintar as paredes, alterar as cores de todos os quartos? Tudo isso é válido, você já pensou em usar papel de parede em vez de tintas? Pois é. Moda nos anos 70, o papel de parede voltou com tudo e promete quebrar a resistência de muita gente que atribui o visual à ‘casa da vovó.
Diferente do que muitos pensam, o papel pode durar tanto quanto a pintura se for bem cuidado. A arquiteta e design de interiores Madá Campos sugere que a troca seja realizada entre dois e cinco anos depois de colocado. "Se o recomendado é pintar a casa mais ou menos neste período, o mesmo vale para o papel. Ás vezes algumas pontas ou emendas podem descolar, mas é simples resolver o problema. Há colas adequadas disponíveis nos grandes home centers".
Versátil, o papel de parede pode ser usado em todos os ambientes da casa, porém alguns detalhes devem receber atenção especial. Mesmo com a classificação "lavável", o material não é tão resistente à umidade como são os revestimentos cerâmicos ou similares. Só permite a limpeza com um pano úmido. "Sendo assim não recomendo o uso em banheiros e cozinhas, a não ser que a parede em que será aplicado fique distante da área molhada. Em banheiros o vapor pode soltar o papel, pois sua cola é a base de água", diz Madá Campos.
A vantagem em relação à tinta é que a troca do papel de parede é simples, não gera sujeira e não há cheiro forte. Ideal para pessoas que não suportam odores fortes ou que são alérgicos. Os preços também variam. De acordo com a arquiteta, um papel de parede básico pode custar R$80,00 (o rolo), mas os acabamentos e padronagens diferenciados elevam o custo fazendo com que o rolo de papel custe, a partir, de R$250,00.
"Na ponta do lápis é mais barato pintar, porém as vantagens do papel de parede são o acabamento impecável, aplicação rápida e ausência de cheiro e sujeira", declara. Os papeis de parede contribuem não apenas com cor para os ambientes, mas há também diversas opções de estampas (listrados, florais, geométricos, adamascados) e texturas (seda, couro, palha, pedra) e ainda opções com e sem brilho.
E não há regra para uso de cores ou padronagens, mas é preciso ter bom senso. Geralmente em ambientes maiores, onde as pessoas ficam por muito tempo, os tons mais neutros e claros são os mais indicados. Mas em ambientes de passagem, como halls e lavabos, é permitido ousar. "Nesses cômodos é possível abusar das cores e estampas mais fortes, marcantes", finaliza a arquiteta.