O ex-prefeito acha graça nas acusações. "O fato foi que dei continuidade a muitas obras iniciadas no governo anterior porque era tudo de interesse público". Dentre suas maiores realizações, ele cita a entrega de 42 Unidades Básicas de Saúde e 44 escolas. O Reservatório Cidade Martins também é motivo de orgulho para o ex-prefeito: "Levamos água para vários bairros com problema de abastecimento que poderiam estar esquecidos até hoje".
Na eleição de 1996, foi a sua vez de apoiar a candidatura de Thomeu, que dessa vez não vingou. "Eu acho que ele perdeu por causa de uma chuva forte que caiu naquele dia. Choveu das três da manhã até as três da tarde, e várias cidades sofreram enchentes. Muita gente pode ter deixado de votar por isso". Até o final da vida do amigo, em 9 de agosto de 2006, Papotto o acompanhou na política. Quando fala do amigo, Papotto deixa transparecer um forte sentimento de companheirismo. "Para mim, a amizade não acabou depois que ele morreu".
Atualmente, não tem planos para se candidatar a nenhum cargo público. A política, diz ele, "entrou no sangue a não sai mais", por isso continua filiado a um partido político, o Partido Social Liberal (PSL). "Na vida, tudo tem um ciclo e esse, de homem público, já acabou". Por enquanto, ele parece apenas curtir a família, que já chega à terceira geração. "Os italianos sempre querem um filho homem para que o nome da família seja levado adiante. E eu sei que meus netos serão conhecidos pelo nome Papotto".