A zona do euro ainda não está em um ambiente de alta inflacionária que necessite de um aperto monetária significativo, na visão do economista chefe do Banco Central Europeu (BCE), Philip Lane, que participa de evento online da <i>MNI Market News</i> nesta quinta-feira.
De acordo com ele, o choque nos preços da região é "primeiramente" movido por fatores externos e não por uma alta vertiginosa na demanda europeia.
Antes, Lane havia alertado que o BCE deve permanecer flexível para responder a uma desancoragem das expectativas de médio prazo para além da meta de inflação a 2%, algo que por enquanto não parece ocorrer, segundo ele. Neste contexto, adotar uma postura "gradualista" para a política monetária é adequada, opinou.
Lane enfatizou que o eventual aumento da taxa de juro pode ser maior ou menor que uma elevação de 25 pontos-base. O ritmo e a frequência da alta dependerá da trajetória inflacionária, completou.