Estadão

Para BCE, maior parte dos efeitos do aperto monetário se materializará em 2023

O economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), Philip Lane, afirmou, nesta quinta-feira, 16, que a atual postura da política monetária "claramente" apertou as condições financeiras, mas a maior parte dos efeitos se materializará ao longo de 2023. Em discurso no Instituto Nacional de Pesquisa Econômica e Social, o dirigente citou modelos que estimam que o processo de aumento de juros reduziu a inflação na zona do euro em cerca de 0,2 ponto porcentual em 2022.

Segundo ele, o impacto sobre a atividade econômica ocorrerá ainda mais cedo.

"Aperto insuficiente resultaria em inflação persistentemente acima de nossa meta, enquanto aperto excessivo poderia resultar em superação e um retorno à inflação persistentemente abaixo da meta", destacou o economista-chefe do BCE.

Lane acrescentou que, por causa do elevado nível de incertezas, o BCE deve manter "cabeça aberta" sobre o nível necessário de arrocho da política monetária.

"A calibração da orientação da política monetária precisa ser revista regularmente de acordo com as informações recebidas sobre a dinâmica da inflação subjacente", ressaltou ele, que pontuou que o aperto reduzirá a inflação de volta à meta de 2%.

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