O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou a investidores, durante sua fala de abertura do Fórum de Investimentos Brasil 2021 (BIF), que apesar de a crise sanitária criada pela pandemia da covid-19 "ensejar preocupações", ela "não tem o poder de comprometer o longo prazo de uma das maiores economias do mundo".
"O Brasil está mais do que nunca preparado para oferecer oportunidades únicas a investidores de todo mundo por meio de suas potencialidades", afirmou.
Bolsonaro também declarou lamentar pelas vidas perdidas devido à pandemia. Sem comentar o número de mortes pela doença, que hoje é de mais de 460 mil pessoas, ele afirmou: "Manifesto meu pesar às famílias das vítimas.
Destacou ainda o número de vacinas aplicadas no País e acordos para compra de vacinas.
O Fórum de Investimentos Brasil 2021 (BIF) é um evento internacional sobre atração de investimentos estrangeiros para o Brasil, organizado pela Apex-Brasil, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e governo federal.
Quando o site do evento foi lançado, o presidente gravou um vídeo como garoto-propaganda para atrair participantes. Esta é a primeira vez que o Fórum é realizado de forma virtual por causa da pandemia de coronavírus, que contou com cerca de 5 mil inscritos de 100 países.
<b>Meta de investimento</b>
Bolsonaro afirmou também durante a abertura do BIF que a meta de atração de investimentos para o País no evento é expressiva, com a apresentação de 60 projetos, que têm o potencial de obter US$ 72 bilhões em direcionamento de recursos.
Aos potenciais investidores, Bolsonaro disse também que a economia brasileira já retomou a recuperação e que o País também voltou a gerar empregos. "Meu governo tem o compromisso com reformas e projetos para reduzir o custo Brasil", afirmou.
O presidente comentou também que sua administração tem buscado maior conexão com os fluxos globais de comércio e investimento e reforçou que deseja ingresso do Brasil na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), instituição multilateral que tem sede em Paris.
Assim como tinha enfatizado durante a Cúpula de Líderes sobre o Clima, organizada no mês passado pelo presidente norte-americano Joe Biden, o chefe do Executivo brasileiro voltou a falar do "paradoxo amazônico" e pregado que é necessária uma "adequada remuneração" para o desenvolvimento econômico da região, aliado à sustentabilidade.
Bolsonaro participou do evento ao lado do ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, e do ministro da Economia, Paulo Guedes. Somente Guedes fazia o uso de máscara de proteção.