A CBF se pronunciou com relação à polêmica do gol anulado do São Paulo contra o Ceará na partida disputada na quarta-feira, na Arena Castelão, em Fortaleza, após o reinício de jogo autorizado pelo árbitro carioca Wagner do Nascimento Magalhães. De acordo com a Comissão Nacional de Arbitragem da entidade, em nota divulgada em seu site oficial, uma falha de comunicação foi o principal motivo da confusão.
No segundo tempo do jogo, Wagner do Nascimento Magalhães validou um gol do atacante Pablo, que estava impedido no começo da jogada, após consulta ao VAR e permitiu o reinício do jogo. Logo após o Ceará recolocar a bola em disputa, o árbitro parou a partida e, em nova consulta, anulou o gol do São Paulo. O auxiliar Silbert Faria Sisquim havia marcado o impedimento do são-paulino.
"Após a primeira checagem da jogada de ataque do São Paulo, o árbitro de vídeo informou tratar-se de lance legal, o que fez com que o árbitro central validasse o gol para a equipe visitante de forma factual, ou seja, sem necessidade de ir até a área de revisão. Constatado que haveria mais um lance a ser revisado, o árbitro de vídeo imediatamente iniciou este segundo procedimento de checagem, momento em que solicitou ao árbitro central que aguardasse o processo ser concluído para, aí sim, determinar o reinício da partida", disse a CBF, no comunicado oficial, antes de explicar a confusão, que se deu por conta de um cartão amarelo ao atacante Vina, do Ceará.
"Acontece que uma comunicação paralela, mantida entre o árbitro central e o quarto árbitro, a respeito da aplicação de um cartão amarelo para um jogador do Ceará, prejudicou a comunicação que vinha sendo mantida entre o árbitro de campo e o VAR. E fez com que o árbitro central não ouvisse a solicitação da cabine do VAR e autorizasse o reinício da partida", completou a entidade.
Ao final da nota oficial, a Comissão Nacional de Arbitragem ainda informou que vai abrir a possibilidade dos dirigentes de Ceará e São Paulo compareceram na sede da CBF para fazer mais esclarecimentos, se necessário.
Ainda na quarta-feira, logo depois da partida, o diretor de futebol do São Paulo, Raí, classificou o erro como "absurdo" e informou que iria pedir esclarecimentos da entidade.