Um estudo sobre a utilização da água nos sanitários públicos dos aeroportos da Copa de 2014, aponta que os gastos poderiam ser reduzidos em até 70%. O levantamento foi elaborado pela H2C, empresa de consultoria e planejamento de uso racional da água, membro do Green Building Council Brasil (GBC Brasil).
Um dos pontos que pode ser aprimorado nos aeroportos, segundo a consultoria, é a troca de torneiras mecânicas, por modelos eletrônicos, que economizam 35% de água por acionamento. Em quatro sanitários do aeroporto de Guarulhos, a equipe de reportagem do HOJE, encontrou apenas uma torneira mecânica, todas as outras eram eletrônicas. A economista Lúcia Mello, de 63 anos, prefere as torneiras eletrônicas, porque dispensam o contato manual e despejam água na medida desejada.
Outra sugestão para racionalizar o uso da água, diz respeito à manutenção, que deve ser preventiva e não corretiva, como em casos de vazamentos de torneiras e válvulas desreguladas.
Segundo o consultor da H2C e especialista em programas de uso racional da água, Paulo Costa, a situação do aeroporto de Guarulhos é grave, pois carece de melhorias na estrutura dos sanitários. "Os banheiros ainda têm um desempenho sofrível. Tal situação pode e deve melhorar".
O consultor elogia a iniciativa de privatizar os aeroportos no Brasil, inclusive o de Guarulhos – um dos mais importantes do País e a porta de entrada para a maior parte de estrangeiros. "Com certeza a privatização trará benefícios. Os melhores aeroportos do mundo são privatizados".
O estudo ainda propõe a implantação de sistemas de captação de águas pluviais. O exemplo vem da Alemanha – no aeroporto de Frankfurt, devido à utilização desses sistemas a economia de água tratada chega a 70%. "Nenhum aeroporto do Brasil faz captação das águas da chuva. Poderíamos obter percentagem de economia similar, já que temos alto índice pluviométrico", afirma Costa.
O levantamento completo será divulgado na próxima segunda-feira.
