A presidente da República, Dilma Rousseff, defendeu nesta quinta-feira, 19, que os países têm de atuar em conjunto para garantir os direitos dos consumidores em um mundo em que as relações comerciais estão cada vez mais globalizadas.
“O crescimento do comércio eletrônico e principalmente a digitalização e o fato de que cada vez mais nós temos um mercado global vai exigir por parte dos governos, das associações de consumidores, essa capacidade de interação internacional”, disse Dilma ao participar da abertura do congresso mundial Consumers International, que vai debater o tema.
Dilma afirmou também que não existe uma relação de igualdade entre empresas e consumidores e destacou o papel importante do Procon para minimizar essa diferença. Para ela, ao mesmo em que há um “empoderamento” do consumidor porque ele tem mais acesso às redes sociais para exigir os seus direitos, há um “enfraquecimento” diante da “complexidade da teia de consumo que se tece no mundo”.
A presidente destacou ainda que a globalização tem criado “novos grandes desafios para a proteção dos direitos dos consumidores”. Mas, segundo ela, hoje há no mundo um trabalho “exemplar” e “incansável” para equilibrar as relações de consumo. “Os governos e a sociedade civil devem trabalhar em parceria para assegurar que esses desafios tenham respostas eficazes”, reforçou.
Dilma lembrou que o Brasil está celebrando 25 anos do Código de Defesa do Consumidor e citou a evolução da classe média como um feito do governo petista de criar novos consumidores. “Em 13 anos tiramos 36 milhões da pobreza e elevamos 40 milhões à classe média. Transformamos milhões de pessoas excluídas em consumidores”, afirmou.