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Para Dilma, investigação na Fifa permitirá maior profissionalização do futebol

A investigação promovida pelos Estados Unidos sobre a corrupção na Fifa levará a uma maior profissionalização do futebol brasileiro e será benéfica ao País, afirmou a presidente Dilma Rousseff na manhã desta quarta-feira na Cidade do México. A operação levou à prisão de sete dirigentes da entidade, entre os quais o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) José Maria Marin.

A presidente disse que a investigação “é muito importante” e ressaltou que o governo brasileiro poderá colaborar com a Procuradoria de Justiça americana se houver solicitação nesse sentido. “Nós temos um acordo com eles. O Brasil e esses órgãos, a Procuradoria americana, o Departamento de Justiça, colaboram sistematicamente sempre que solicitado ou necessário.”

A presidente afirmou ainda que deve haver investigação sobre a Copa do Mundo no Brasil, realizada no ano passado, caso haja suspeita de irregularidade. “Eu acho que se tiver de investigar, investiga, em todas as Copas, todas as atividades. E isso vale para todos, desde a Operação Lava Jato até essa prisão. Há que investigar. Não vejo por que não.”

Como a CBF é uma entidade privada, os órgãos do Poder Executivo não teriam poder de investigá-la, observou Dilma. Segundo ela, é necessária uma alteração legislativa para permitir que organismos como a Controladoria-Geral da União apurem suspeitas de corrupção que não estejam ligadas diretamente ao setor público.

“Tudo que foi na Copa do Mundo relativo a dinheiro nosso, nós temos total direito de investigar”, disse a presidente, sobre recursos públicos. Mas ela ressaltou que a Polícia Federal tem atribuição de apurar “qualquer ação inidônea no Brasil”.

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