Pouco mais de quatro meses depois de passar pelo seu maior vexame da história com a derrota de goleada por 7 a 1 para a Alemanha, dentro de casa, em Belo Horizonte, pela semifinal da Copa do Mundo, a seleção brasileira teve um grande desafio pela frente contra a Argentina, atual vice-campeã mundial, no último sábado, em Pequim. A vitória, e o título do Superclássico das Américas, parece ter devolvido a confiança aos jogadores do Brasil.
Para o técnico Dunga, no entanto, um eventual tropeço diante do Japão, nesta terça-feira, em Cingapura, pode derrubar a confiança conquistada. Por isso, ele pede que os seus jogadores encarem a seleção japonesa com a mesma seriedade com que enfrentaram a Argentina. “Seleção brasileira tem de trabalhar em cima da qualidade e resultado. Se nós entramos sem concentração contra o Japão, tudo que a gente fez contra a Argentina vai se perder porque vão vir as críticas. Vão dizer que a seleção não é mais a mesma”.
O time deve ter algumas mudanças em relação à equipe que bateu a Argentina. Além de Dunga querer observar melhor alguns jogadores, o aspecto físico preocupa. O zagueiro David Luiz, por exemplo, saiu machucado e foi substituído por Gil. Neymar, apesar de ter terminado o jogo contra a Argentina com as pernas bastante machucadas, está confirmado para a partida. “Neymar a cada jogo que joga parece que jogou contra um gato e sai todo arranhado”, brincou o treinador brasileiro.
No Japão, Aguirre admite que as chances de a sua equipe surpreender são pequenas – a seleção japonesa nunca derrotou o Brasil. O único jeito seria o Japão estar “bem” e o Brasil “mais ou menos”. O técnico mexicano diz que a chave do jogo de seu time passa pelo fator psicológico dos atletas. “O importante é entender que o Brasil terá mais posse de bola. Aí, você precisa jogar 100% concentrado e marcar nas oportunidades que tiver. Se não conseguir fazer isso, não será capaz de vencer. Como não acho que teremos mais do que três oportunidades, temos que marcar as três se tivermos três”.