Para evitar surto do coronavírus, países usam câmera térmica para passageiros

Governos de países como Reino Unido, Austrália, Rússia, Cingapura e Turquia adotaram medidas em aeroportos e regiões de fronteira para identificar casos suspeitos de coronavírus, doença que causou ao menos nove mortes neste ano. As medidas incluem a criação de zonas especiais exclusivas para passageiros vindos da China, País que registrou a maioria dos casos, o uso de câmeras térmicas para identificar pessoas com alta temperatura corporal e, até mesmo, o fechamento de fronteiras.

No aeroporto britânico Heathrow, de Londres, uma zona especial será destinada exclusivamente para passageiros advindos da cidade chinesa de Wuhan, onde foram registrados a maior parte dos casos de coronavírus, conforme anunciado nesta quarta-feira, 22. Os viajantes passarão por uma avaliação para identificar possíveis sintomas e receber recomendações de saúde.

O Heathrow é o mais movimentado aeroporto da Europa, com cerca de 200 mil passageiros diariamente. Ele recebe três voos diretos da cidade chinesa por semana.

Também nesta quarta, o governo de Cingapura anunciou que uma triagem será feita com todos os passageiros que desembarcarem de voos chineses. Além disso, serão emitidos avisos para a população evitar viagens não essenciais para Wuhan.

Como parte das novas medidas, o Ministério da Saúde de Cingapura também vai tratar como caso suspeito – com isolamento do paciente – qualquer pessoa que apresentar pneumonia ou infecções respiratórias que tenha passagem recente pela China.

Já no aeroporto Nikola Tesla, em Belgrado, a Sérvia implantou o uso de câmeras termais para identificar possíveis pacientes com sintomas da doença. Qualquer pessoa com elevada temperatura corporal será destinada para quarentena em uma clínica de doenças infecciosas. O País também recomendou à população evitar viagens a áreas afetadas.

A Turquia também está preparando uma série de ações, como o uso de câmeras térmicas para identificar pessoas com febre em aeroportos e a separação de passageiros chegados da China. O planejamento envolve levar pacientes suspeitos para uma sala de quarentena e depois, encaminhá-los para um hospital em uma ambulância especial.

Na Austrália, por sua vez, funcionários de fronteira e de biossegurança realizarão inspeções médicas nos passageiros que chegarem nos três voos semanais de Wuhan que chegam a Sydney, além de fornecer aos visitantes panfletos com informações sobre os sintomas da doença.

<b>Mortes e casos confirmados</b>

Há nove mortes confirmadas causadas pelo coronavírus na China, além de 470 infectados. Há casos também nos Estados Unidos, no Japão, na Tailândia, em Taiwan e na Coreia do Sul.

<b>Rússia e Coreia do Norte</b>

O governo russo anunciou ter reforçado o controle sanitário em todos os pontos de fronteira em decorrência do crescente número de casos de coronavírus na China. Até a manhã desta quarta-feira, a Rússia não havia registrado nenhuma morte relacionada à doença. O País também recomenda que a população evite viajar a regiões chinesas com registro de coronavírus.

Também por causa do coronavírus, a Coreia do Norte anunciou o fechamento da entrada de turistas pelas fronteiras com a Rússia e com a China, nas quais foram instalados postos de quarentena. O País também cancelou voos turísticos internacionais.

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