O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirma que a economia espanhola continua a mostrar "atividade sólida", mesmo diante de uma incerteza global elevada e de condições financeiras mais apertadas. Em comunicado ao concluir consultas com o país no âmbito do Artigo IV das regras da instituição, o Fundo diz que o mercado de trabalho da Espanha tem sustentado seu "desempenho forte", com a chegada "significativa" de imigrantes e crescimento da taxa de participação da força de trabalho.
Já o investimento no país está abaixo dos níveis do fim de 2019, o que contribui para o crescimento fraco da produtividade.
Apesar de um "recuo significativo", a taxa de desemprego continua a ser a mais elevada na zona do euro, de acordo com o FMI. Ele espera que o país cresça 2,4% em 2024 e 2,1% em 2025, puxada pelo crescimento mais forte na demanda doméstica.
A inflação ao consumidor e seu núcleo, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, devem recuar mais ao longo deste ano e no próximo, aproximando-se da meta de 2% do Banco Central Europeu (BCE) antes de meados de 2025.
As incertezas para a perspectiva da Espanha têm se tornado mais equilibradas, mas os riscos continuam a ser de baixa para o crescimento e de alta para a inflação, diz o Fundo.
Os riscos ao crescimento incluem a fragmentação política doméstica, desaceleração global e fragmentação geoeconômica, afirma o FMI. Os riscos à inflação incluem uma potencial reação nos preços de energia global e alta acima do previsto nos custos unitários de trabalho, acrescenta.